Um conceito muito discutido atualmente é o da Liderança, genuína e inspiradora,
cujas aplicações e práticas organizacionais são chave para ajudar desde pequenos a grandes empreendedores a passar pela crise menos lesionados.
A situação vivida hoje mundialmente vem trazendo inúmeros impactos para as empresas, tanto no campo econômico como no social e psicológico de todos os envolvidos na organização. Mas a pergunta é: como aperfeiçoar a liderança na crise?
Dessa forma, os “14 Princípios Orientadores da Liderança Inspiradora” vêm agora no sentido de auxiliar nas relações humanas pessoais e profissionais. Estes conceitos foram elaborados por Dale Canergie, referência no assunto e autor de best-sellers como “Como fazer amigos e influenciar pessoas”.
Confira os princípios abaixo com atenção e lembre de situações que agiu de maneira contrária. Qual impacto isso teve na rotina da organização? Logo depois, considere a aplicação desses princípios que perduram há décadas nas melhores e mais bem dirigidas empresas do mundo.
1) Defina o quadro global:
Comece pelo macro, o propósito da empresa existir e esclareça os objetivos de longo prazo. Quanto mais simples e visual for o propósito melhor. Aliás, certifique-se que todos da equipe saibam o porquê de estarem no mesmo barco e constantemente dedique tempo para revisar as estratégias que levarão a esses objetivos. A exemplo de liderança temos Steve Jobs e a Apple, cujo propósito era “Ter um computador pessoal sobre cada escrivaninha dos Estados Unidos”. Simples e visual. Isso em um tempo em que a tecnologia era restrita a uma ínfima parcela da população.
2) Esclareça os papéis:
Deixe bem claro quem é responsável por cada coisa. Dessa maneira, incentive o trabalho colaborativo, com divisão de tarefas e sempre estabeleça prazos claros e atingíveis.
Entender sua função, e ter os prazos bem definidos faz com que a equipe se sinta “no controle” e o trabalho a fluir mais suavemente.
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3) Estabeleça metas:
Os objetivos individuais e coletivos da equipe precisam ser desenvolvidos. Sejam eles de curto ou longo prazo, você como líder pode insistir para que os membros tenham metas e que lutem para batê-las diariamente. Para tanto, elas devem ser tangíveis e mensuráveis.
Quanto mais controle sobre as metas, maior é a chance de cumpri-las e melhor será seu desempenho. Assim vale lembrar que objetivos coletivos, vindos da equipe mostram que todos integrantes têm voz ativa na organização e ajudam o grupo a se autogerir (inteligência coletiva).
4) Compartilhe informações:
Fofocas e boatos podem se tornar grandes problemas quando falta transparência e compartilhamento de informações. Portanto, exponha o máximo para todos, jogue limpo com sua equipe. Lembre-se que o tempo gasto formulando rumores e ideias mal concebidas é perdido, em termos de produtividade.
Conquiste o respeito e a confiança dos liderados por meio da verdade e honestidade. Assim, em tempos de crise como o que estamos vivendo, em que o medo de ser demitido é grande, essa lição é primordial. Dessa forma, o primeiro passo para reverter qualquer situação é saber o máximo sobre o presente.
5) Desenvolva confiança:
Essa lição é fácil de entender, por outro lado muitos não a seguem. É simples. Cumpra o que diz. Se você se dispôs a fazer algo, faça. Se prometeu um dia de descanso caso a meta fosse batida, dê o dia de descanso.
Isto é, leve suas promessas a sério e não prometa algo que não tenha certeza que é capaz de dar. Além disso, seja coerente no julgamento, evite favoritismos e aja com justiça. Como tomador de decisão, julgue atos e não pessoas.
6) Esteja sempre atento:
Abra-se às ideias da equipe. Escute com atenção sugestões de melhorias vindas de qualquer parte da organização. Evite desperdiçar dinheiro e tempo repetindo que algo é feito assim porque sempre foi feito assim.
Estimule e recompense os membros que dão ideias a estruturar a implantação dessas ideias. Mesmo que seja em uma solicitação formal ou em uma sessão de ideias, leve a sério o que quem está na operação diariamente sugere.
7) Seja paciente:
Essa dica é válida para começos de projetos e fases de adaptação de uma nova equipe. Ainda que sentindo que falta coesão entre os integrantes da equipe num primeiro momento dê um tempo para que se conheçam melhor e resolvam suas diferenças.
Olhe de perto, com atenção. Colha informações e se for necessário, num segundo momento, realoque um membro ou outro, valorizando seus pontos fortes e mostrando que podem ser mais úteis em outro departamento ou função.
8) Incentive:
Estimule a contribuição e participação ativa da equipe. Além disso, mostre que eles terão a voz ouvida e que os resultados serão construídos por todos, juntos. Fora isso, quando possível ofereça treinamentos e insista para que participem, invista no desenvolvimento de pessoas.
9) Elogie a equipe com generosidade:
Celebre as realizações de toda a equipe, premie e elogie o time como um todo, não os membros individualmente. É claro que algumas vezes acontecerá de um funcionário se dedicar mais e se sobressair. Entretanto, reconheça isso em particular, com elogios sinceros e específicos, se possível em um processo de avaliação submetido a todos.
Prefira frases como “Você executou isso muito bem”, ao invés de “Você é muito bom”. Em nome da saúde organizacional evite qualquer possibilidade de ciúme e ressentimento. Assim sendo, sempre fale da equipe de maneira positiva, levando em conta seus pontos fortes e sucessos.
10) Seja empolgado:
Trabalhe com energia e empolgação, é contagiante. Seja positivo e otimista. Espere o melhor da equipe, cobre e não aceite uma entrega mal feita. Além disso, não recrimine, ajude a aprimorar a entrega mostrando os pontos de melhoria: um líder de verdade se concentra naquilo que está dando certo. Nos dias difíceis, que todos temos, seja honesto e fale com seu time, sem necessariamente expor sua vida pessoal.
11) Trabalhe com alegria:
Estimule o espírito de equipe. Assim, happy hours são bem vindos, almoçar juntos e momentos de descontração ajudam muito a construir a moral do líder. Dessa forma, é possível ter uma melhor sinergia entre a equipe de trabalho.
Dessa forma, os liderados não terão uma visão exclusivamente profissional e enxergarão o líder como ser humano. A disposição para cooperar e trabalhar com afinco aumentam naturalmente. Invista em bons momentos com a equipe.
12) Diminua a pressão:
Mantenha o número de regras no mínimo necessário. Sendo assim, não trate os liderados como robôs mesmo que alguns processos exigem ser feitos de maneira padronizada, como linhas de produção.
Na maioria das vezes, é possível dar liberdade para equipe se autogerir e decidir como trabalharão juntos. Por isso, horários de trabalho flexíveis podem aumentar a produtividade.
13) Delegue, delegue e delegue:
Explique o problema atual e os resultados desejados. Dessa forma, estimule a criatividade da equipe e a deixe livre para assumir o comando. Confie na sua liderança e na equipe. Ou seja, se uma reunião de repasses está marcada para a sexta não cobre na terça. Confie e espere o resultado para depois refinar as ideias e direcionar as ações.
14) Acima de tudo, inspire:
Por fim, esteja sempre ciente que a equipe é um reflexo direto da liderança. Isto é, lidere por meio do exemplo. Não cobre algo que não faz, isso jamais apresentará resultados. Crie cultura de responsabilidades. Assim, diga “nós” com mais frequência que “eu”.
A responsabilidade final é sempre do capitão. Assim, se algo der errado, não culpe os outros. Reúna a equipe para discutir as soluções.
Vale lembrar que todas essas dicas são válidas não só para a liderança na crise, mas em qualquer situação. Entretanto, o momento atual é essencial para aprimorarmos e de fato colocarmos em prática esses conceitos.
Para mais informações sobre motivação de equipe, acesse: https://www.sbcoaching.com.br/coaching/motivacao-equipe