Excelência operacional é um objetivo almejado por todas as empresas, com destaque para as que lidam com processos padronizados e adotam métricas de qualidade. Mas por que você, independentemente do porte de sua empresa, deveria estar preocupado com a aplicação dos conceitos do Lean Six Sigma e com a melhoria contínua? A palavra chave é: competitividade de mercado.
Vivemos na era da democratização da informação, onde a internet proporciona a rápida disseminação de todo tipo de conteúdo, tanto técnico como informativo e o Lean Six Sigma se resume a rapidez e simplificação nas tarefas. Isso estimula a concorrência por espaço no mercado entre os setores, uma vez que a grande quantidade de informação disponível viabiliza a inovação constante de produtos e serviços. Ao mesmo tempo, os padrões são empurrados para níveis cada vez mais competitivos.
Aqui, lhe explicaremos quais as etapas constituintes do Lean Six Sigma de maneira detalhada, deixando claro as minúcias dessa ferramenta. Esta, quando aplicada da maneira correta, promete alavancar os resultados através da redução de desperdícios e da variação do processo.
Six Sigma: Definição
Afinal, o que seria o Six Sigma (ou Seis Sigma)? Em muitas organizações o termo é banalizado como toda e qualquer ferramenta aplicada para a obtenção da melhoria contínua, mas não é bem assim.
O Six Sigma é uma filosofia de gestão que introduz um padrão na resolução de problemas. Ela tem o foco na redução da variabilidade de resultados. Essa ferramenta vai além do objetivo de adequação às normas de qualidade, estando ligada intimamente a satisfação do cliente com a adoção de parâmetros de qualidade mais estreitos, geralmente.
É por isso que o Six Sigma atua na otimização de processos, haja visto que sua utilização promove melhorias no ambiente organizacional através da oferta de produtos e serviços mais padronizados e estáveis, em adequação aos limites de aceitação impostos pelo cliente e pelo processo.
E o “Lean”, o que seria?
O Lean é uma metodologia caracterizada na aplicação de um conjunto de ferramentas para reduzir o desperdício em um processo. Isto é, desde seu início até o estágio final, operando variáveis de fluxo de materiais e informações.
A metodologia, também conhecida como “Lean Manufacturing” ou pela sua tradução literal “manufatura enxuta” melhora a eficiência, reduz o desperdício e aumenta a produtividade do processo. Para muitos, a palavra “enxuto” remete à filosofia de fazer o máximo com o mínimo possível. Entretanto, o próprio criador do Lean evita o termo enxuto pela relação à ideia de cortar gastos de maneira excessiva.
A ideia por trás dessa metodologia consiste em focar no que realmente importa para a realização do processo. Eliminando etapas não essenciais, identificando gargalos e objetivando a eficiência global, aplicando a estrutura DMAIC (Define, Mesure, Analyze, Improve, Control). Cada uma dessas fases é composta de ferramentas específicas para sua realização, validando-se na maior parte do controle estatístico da qualidade e de métricas de controle.
Porque a junção dos termos Lean e Six Sigma?
Com decorrer do tempo, especialistas observaram a sinergia entre as duas ferramentas na melhoria de processos. Isso porque ambas possuem alta aplicabilidade e seus objetivos convergem para o mesmo fim da melhoria contínua. Ou seja, a redução da variabilidade e desperdício.
Essa fusão resultou em uma abordagem de gerenciamento que, combinadas, produzem maiores resultados quando comparadas isoladamente. Assim completam-se as lacunas deixadas por ambas abordagens.
A metodologia LSS utiliza várias ferramentas de fácil compreensão voltadas para a aplicação prática. Sendo essas: diagramas de espinha de peixe, gráficos de controle estatístico, 5S; tornando uma metodologia familiar para profissionais e consultores da qualidade.
Como aplicar o Lean Six Sigma?
A aplicação do Lean Six Sigma inicia com um bom entendimento do processo, por isso faz-se necessário o mapeamento desse, contribuindo na identificação de gargalos e etapas dispensáveis ou não essenciais ao seu pleno funcionamento.
O próximo passo é definir o problema e levantar os dados amostrais para mensuração e posterior análise de causa raiz. Recomenda-se evitar ao máximo usar de tentativa e erro, já que dispomos de um aparato padronizado com métricas e análises estatísticas para tratar do assunto.
Como exemplo, temos os softwares de tratamentos de dados como o Minitab™, que facilitam a análise e visualização de gráficos comparativos. Além disso, este possui basicamente todas as ferramentas estatísticas relevantes para a aplicação do LSS.
Já dispondo do problema e dos dados sobre as variáveis que influenciam na qualidade final do processo, é necessário ir afunilando o escopo do macro para o micro por meio da investigação. Dessa forma, pode-se evidenciar a correlação entre essas variáveis e descartar as que não demonstram contribuir para o problema. Esse processo se repete até que se obtenha uma conclusão sobre a causa raiz. Assim, gera-se um embasamento para a criação de um plano de ação.
O plano de ação, em casos que a causa raiz é realmente exposta, deve ser feito de poucas medidas para ser assertivo. Isso também demonstra a eficiência da investigação em evidenciar a causa raiz do problema. Essas medidas, após implantadas, deverão estar sob constante controle para que a melhoria contínua seja estabelecida no processo. Com disciplina, consistência e rigidez na aplicação dos métodos o resultado é certo.
Mais ideias sobre onde aplicar o Lean Six Sigma, acesse: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/aplicacao-lean-seis-sigma